sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nota de desocupação

Desocupamos o gabinete da presidência da FUNAI depois de 28h de ocupação com a pauta de demarcar uma audiência pública para que a FUNAI esclarecesse sobre a demora de 7 meses para atendar a recomendação do MPF para instalar o GT de demarcação da Terra Indígena Bananal Santuário dos Pajés.

A FUNAI se negou ao diálogo público e adotou como estratégia a repressão, violência e violação dos direitos humanos.

Fomos proibidos de receber alimentos, água, ter acesso ao banheiro e sofremos corte de energia.

A luta só termina com a vitória!

Saímos em respeito ao pedido do Santuário dos Pajés, que mesmo sabendo que não os estavamos representando, pediram para evitar o agravamento do quadro de violência contra os Defensores dos Direitos Humanos.

CONTRA A CONSTRUÇÃO DO SETOR NOROESTE
CONTRA A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA NO DISTRITO FEDERAL
PELA DEMARCAÇÃO DA TERRA INDÍGENA BANANAL SANTUÁRIO DOS PAJÉS

O SANTUÁRIO NÃO SE MOVE!

Vídeo com a síntese da 1a Ocupação por "não-índios" da história da FUNAI, em Brasília, 2009 - em defesa do Santuário dos Pajés:

3 comentários:

  1. Brava a luta pacífica de todos!

    Abraços fortes e com muita ternura

    Bic

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  2. o santuário não se move!!!!!
    assembléia sábado!

    Tiago

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  3. Aproveiando a iniciativa dos ocupantes da Funai, gostaria de sugerir que acrescentassem, entre as reivindicações, o apressamento do GTs antropológicos em Mato Grosso do Sul.
    A Funai alega que não tem recursos para enviar os 6 GTs e fará o levantamento antropológico por partes. Aparentemente, a pressão política dos setores do agronegócio surtem efeito na cúpula da Funai...
    No entanto, o povo guarani e Kaiowá já não pode esperar.

    Nosso apelo é o para que todos os GTs venham a campo IMEDIATAMENTE!!!


    O povo Guarani e Kaiowá de MS (cerca de 50 mil indivíduos) tem a situação mais alarmante de suicídios, violência interna e miséria, entre todos os povos indígenas do Brasil. A violência anti-indígena também toma proporções alarmantes.
    A ação de grupos paramilitares - financiados por "sindicatos" ruralistas e incentivados (publicamente) pelo governo André Puccinelli - que agem em conjunto com a PM, põe esse povo ainda mais em risco. O processo de etnocídio vem acompanhado de ostensiva propaganda racista pela imprensa sul-mato-grossense. Rádios, Tvs locais e jornais, sistematicamente, sustentam mentiras a respeito dos GTs e constróem estigmas que levam a população de MS a agredir e repelir os indígenas.
    São, aproximadamente, 15 comunidades Guarani e Kaiowá acampadas na beira de rodovias, em MS. Nestes acampamentos vivem com escassez de água e comida, calor excessivo (devido ao asfalto), além de serem vítimas, cotidianamente, de atropelamentos propositais e atentados a tiros promovidos por indivíduos anti-indígenas.
    Os Guarani e Kaiowá que vivem em reservas (espaços exíguos) - que foram compulsoriamente confinados ao longo do período do SPI em áreas alheias ao conceito de território tradicional - se encontram em uma explícita e escandalosa situação de apartheid. Tanto estas reservas, quanto as ditas "aldeias urbanas" são verdadeiros guetos étnicos.
    Já foram assassinadas 8 lideranças Guarani e Kaiowá em consequencia de conflito direto pela terra , entre 2003 e 2009. Incontáveis outros indígenas foram brutalmente assassinados nestes últimos anos.
    Tenda em vista este cenário terrível, solicitamos vosso apoio.

    Obrigada e saudações libertárias.

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